A SEREIA E O MARINHEIRO
Navegando pela vida
Solitário e desatento
Tanto mar ao meu redor
Sol no rosto e um forte vento
A procura de aventuras
Em um mar a desbravar
Quando vi uma sereia
Alegremente a passear
Eu nascido marinheiro
De origem tão singela
Jamais teria tido o amor
De uma dama assim tão bela
E uma onda passageira
Percebendo minha fraqueza
Jogou certa em meu convéns
Aquele fruto da beleza
E eu, um homem destemido
Que enfrentara tempestades,
Senti-me um náufrago perdido
Inofensivo nesses mares
Cheguei bem perto para ver
O que mortal nenhum já viu
Quando ela me abraçou
Deu-me um beijo e partiu
E eu que vivia solitário
Em um mar cheio de breu
Não paro mais de navegar
No doce amor que ela me deu
(08/07/06)