"AMAR ATÉ..."

A escuridão mental, a sina

faz a alma, núz, arrepiar

o orgasmo puro da menina

põe todo o seu corpo a chorar

Cara-acara, rejeitou a lente

no exato momento na inequívoca dor

entregou-se, louca e indecente

denotando a nudez do seu amor

O que sobrou, foram só restos

de qualquer prisma que queira olhar

nem promessas, tampouco gestos

mudaram sua forma de amar

Gemia, e, aturdida, pairava

viscerando o ventre, sem os seus

orgia, que em mil noites tragava

e sua alma, então, lhe disse adeus.

Ficção. Maceió/AL 2007.

René Cambraia
Enviado por René Cambraia em 09/01/2008
Código do texto: T809671