Amor Absoluto

Carrego por onde vou

O horro de me ser.

Em mim existem traumas

Cuja mais leve lembrança

Abala todo o meu Ser.

Eu mesmo me vejo

Sem romantismos,

E procuro mesmo

Não envolver pesssoas

Humanas naquilo

Que tenho.

No entanto, não evito

Meus irmãos.

Evito-me.

Dentre tudo que sorvo,

Renova-me imediatamente,

O bem que faço.

Muitas vezes esse bem

Consiste em aceitar o afeto

Provindo de outrem

Em diversas formas.

Existiu uma época

Em que eu ficava sempre

Na retaguarda.

Hoje creio que as pessoas,

Profundamente humanas,

Encontram um jeito

De atingir a carência

De qualquer pessoa,

E a mitigar, com um anélito

Sopro de ternura e amor.

Nesse sentido, sou muito grato

A todos aqueles que superaram

Minha monstruosidade

E me socorreram,

Numa demonstração

De Amor Absoluto,

De mim mesmo.

Obrigado meu Deus.

15/01/2013, 14h37min

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 16/06/2024
Reeditado em 24/06/2024
Código do texto: T8087169
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