REMÉDIO DIVINO

 

No leito da paixão, enfermo e

ardente,

Meu coração pulsa em febre e

tormento. As veias, trêmulas, tecem o

lamento,

E o amor, qual vírus, invade-me

incessante.

 

Nas noites insones, deliro em

desatino,

As palavras, como febre alta, me

consomem.

O corpo, exausto, busca o alívio que não vem,

E a alma, aflita, clama por um

remédio divino.

 

Ah, amor! Doença incurável e

sublime,

Tu és o vírus que se espalha sem

piedade.

Em teus sintomas, alegria e

saudade,

 

E na febre dos beijos, a cura que

redime. Doente de amor, sou paciente e

carente,

 

A esperança é meu único antídoto eficaz.

E mesmo que a razão grite "basta!",

Eu me entrego, sem cura, ao teu feitiço

envolvente.

 

 

 

PROFESSOR NELSON
Enviado por PROFESSOR NELSON em 07/06/2024
Código do texto: T8080465
Classificação de conteúdo: seguro