Te amo! (o suficiente)
Te ausentas das verdades que permeiam
Amarás a eternidade que é finita
E quando te perguntares
“Quão grande é o seu amor?”
Responda ciente:
“O suficiente “ (para uma vida)
E se muito te amar, imensurável és
Mas se suficiente mensurar
Assim posso comparar
E te explicarei o que suficientemente
Transborda ao revés
Te ausentas das verdades que permeiam
Porque fica mais fácil confundir
Que todo amor a priori é irracional
E toda paixão não mensura o vendável
Que causa ao ficar, confiar ou ver o outro partir
Se te amor o suficiente, mensurável és
Para além de dizer que te amo muito
Limitei a quantidade não expliquei a quantidade
Que o “suficiente” pode ser aos olhos profundos
Te ausentas das verdades que permeiam
Amarás a ideia de um amor para toda vida
E quando te perguntares sobre o amor eterno
Anularás todos os amores sinceros
Que já não são suficiente para uma vida comedida
Te amo o suficiente, comparável és?
Então conte as gotas do oceano
Conte-me quantas são
E depois pacientemente me diga
Se toda água suficientemente marítima
Transborda o amor viés
Do oceano Pacífico (ou não)
E descrevendo essa palavra em versos
Que assim como as areias do deserto
O amor é suficiente como cada grão
E ainda assim precisaria de dois Saaras
Para mostrar-te a quantidade igualitária
Que o amor suficiente significa
Para o deserto que é a paixão