O que eu falaria sobre mim é muito superfluo a quem sou, porque sou várias coisas.
E fui várias coisas, em diferentes tempos, com diferentes pessoas, em diferentes momentos, e eu sou, também, um pouco do que o outro lembra de mim. Alías, fui aquilo para aquela pessoa, mesmo que em diversas versões diferentes. Há neste trexo muitos verbos transitante em presente e passado, mas vejo que não há como nos definirmos somente em um tempo. No agora ou no depois.
E recente tenho sido a pessoa que está analisando quem fui, para definir quem quero ser. Ciente de que, sim, posso depois mudar e sou convicta que irei. Acho que sempre precisamos mudar.
Então eu sou Isabelle, tenho 25 anos, estou em um processo de transição do meu "eu". Nesse percuso até cheguei a escutar que estava passando por uma crise existencial, a priori aquilo me ofendeu. Mas na real, era ísso sim. E eu acho que a muito tempo fiquei adiando este momento. Está racionalização dos meu atos, a culpa de certos projetos não terem dado certo, ver um objetivo claro e definido. Lidar melhor com minha ânsidade, principalemente a social. Que foi o causador de ter me levado a pensar em ficar 1 mês sem instagram. Eu nunca tinha feito isso e na real eu gastava horas e horas vendo reels. Hoje eu me pergunto porquê adiei tanto isso. A inteligencia desta plataforma não está em ser somente espectador. E quando você acha que te aproxima das pessoas, experimenta ficar 1 mês sem entrar aqui. Você vai ver com clareza que só sabera da vida de quem você é presente, no mais, tudo é fantasioso. Tudo é rede. E fui indo me questionar, abraçar melhor meus erros e aprender com eles, validar meus acertos e intencifica-los. Me entender na minha solidão. Ficar mais sozinha. Até transformar-se em solitude. Ficar longe de amigos, ver que eu não tinha bons amigos, ver que quem eu considerava amigo não me considerava. Até perceber que eu também não fui uma boa amiga. E de amores e de afetos, de casamento, solterice e relações.E até profissional, trabalho, finanças, ficar rica. A saúde nem se diga. Quanto tempo eu adiei meu projeto fitness. Todas estas palavras agrupadas em hiponimos. Todas sendo questionadas. Quem eu sou?
Já escutei bastante isso. Mas, quem eu sou?
E as vezes eu não sei responder essa pergunta, mas há uma que eu sei responder e eu lamento muito.
Quem eu sou para o outro?
Lamento, pois, na maioria das vezes, eu não sou meu tudo para alguém, e aquele alguém só tem um resquicio de lembranças minhas, e sabemos: Na maioria das vezes não somos aquilo que o outro pensa, ou melhor dizendo, não somos SOMENTE aquilo que o outro pensa. Somos um pouco de cada coisa.
E quem sou para o outro não me define, por que me preocupei tanto com isso? As vezes vivendo de aparência.
O meu maior gatilho foi uma prima ter achado que eu estava bem financeiramente somente por conta do meu instagram. Leviano, como que fotos bonitas e bem postadas transparecem algo totalmente diferente. Me senti um portifolio pronto para que o outro me avaliasse somente por isso. Eu faço isso também.
Crônica:
Tudo isso ocorreu