Desalento

Sobre o tempo repouso

As dobras do meu intento

Curva passageira que se anilha

nas linhas do meu destino,

Me causa tamanho "prensar "

Justo eu, que tenho o domínio nas mãos,

não sei lidar comigo mesma.

Fissuras no peito

Infiltram as paredes do meu ser

Convidando o visitante a reparar o erro que me causou...

Não ele, retém a culpa...

Pois, a cura e dor, somente minhas mãos e braços podem alcançar.

A ousadia quem dá sou eu!

A sofreguidão e lamento me advém,

E eu os abraço sem mais...

Logo mais recaio em meu pesar inquieto

por felicidade e paz...

Indago onde estão?

Pois aqui dentro de mim,

Só tempestade me alimenta as estruturas

Só caos me entorpece

E os dias passam,

sagrados sobre minha triste solidão.

Brenda Botelho
Enviado por Brenda Botelho em 17/05/2024
Código do texto: T8065271
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