ESTAÇÕES

Ah… que bebo a tua alma na chegada

da brisa que envolve os teus cabelos.

Nos teus olhos dou meu perdão à madrugada

que me promete os sonhos mais belos.

Nos teus lábios dilata-se a história do amor…

E a tua língua desliza flagrantemente

de cais em cais até encontrar porto-seguro.

A viagem estelar fica presa nos labirintos

dos sussurros abafados nos teus ouvidos.

Não há morte que se atreva a não matar o desejo

de fazer nascer o dia em longos ápices da noite.

E faz-se dia e noite, manhãs, tardes e madrugadas.

Tudo sem nome e em teu nome, também se chama.

E tudo é primavera a até se fundir num único verão.

Não há outonos esquecidos nem invernos lembrados.

E tudo arde, e nunca é tarde, até a chuva cair na cama…

José António de Carvalho
Enviado por José António de Carvalho em 13/05/2024
Código do texto: T8062266
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.