Almas alvas

Vejo tua alma alva

Enquanto teus olhos irradiam

A alegria de simplesmente encontrar

A mulher que te encanta

Que discretamente observa

Seu largo sorriso de menino fugaz

Você não percebe mas nossas almas

conversam enquanto estamos em silêncio,

Nosso silêncio inocente é uma sinfonia

Shakespeare escreveria poemas de amor

Se nos observasse, ele escreveria sobre

A beleza encantadora do encontro de

Almas alvas, almas fulgurosas, almas antigas.

Drummond ficaria perplexo, ao apreciar

Os movimentos delicados, os arrepios contidos

De almas alvas como uma rosa a desabrochar,

Sim ele se atreveria a compor a mais bela melodia, Sem sequer saber cantar, tomado de admiração

Sim Drummond cantaria comovido com o espetáculo

De duas almas alvas como uma rosa a desabrochar

Você instiga sem pudor o desejo da menina adormecida

Escondida nas vestes da maturidade, no sacrário

Da mulher que contemplas, da mulher que desejas

Bastaria um breve instante no tempo, um único sinal

Para você se render, se deixar levar como quem

Não quer nada, sabendo exatamente o que quer

Você não percebe, mas enquanto seu corpo lateja

Seus olhos irradiam a luz da alegria ao encontrar

A mulher que encanta e sorve seus ímpetos de

Homem menino, que busca palavras, onde só

A poesia, o alento e a plenitude sucedem o sim.

Você não percebe mas nossas almas

conversam enquanto estamos em silêncio,

Regina Luzz
Enviado por Regina Luzz em 27/04/2024
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