Não basta ser rasta...
"não basta ser rasta
É preciso estar certo da convicção
não basta ser rasta, não
É preciso ser justo em sua razão"
Tribo de Jah
Se bastasse uma bela canção
Para parar a evolução da Escuridão
Seria maravilhoso,
Mas não basta só isso não,
É preciso ter peito
E sangue nos olhos
Carregar a faca nos dentes
Preparado para todo tipo de traição,
Não basta querer
Seja lá o que for
Se não estiver fincado no coração
Os valores do Amor
Que mitiga toda a dor
Proveniente da luta com a Multidão,
Eu sou multidão,
Ele disse, somos muitos,
Um só não,
Mas o Mestre disse,
Ide aos porcos,
Atendendo ais anseios daquela degeneração...
Não basta ser o que se apresentar ser não
A essência se revela muito além da corporizacão,
E quem já caiu por muitos caminhos,
Se levando sangrando as mãos
O físico não engana não
Porque o fogo deliberou naquele que passou pela Provação
Que tivesse outros olhos
Capazes de ver além, vertidos com um tipo etéreo
De iluminação,
Não basta estar na festa
É preciso ter a Túnica da salvação
Teada por si mesmo
Ao longo da vida, que exige autoperdão,
E perdoar a todos
Que lhe feriram no Coração...
Não basta o sorriso
Ele precisa partir de genuína razão
Além de qualquer expediente
Nascendo mesmo na solidão,
Iluminado pelo amor,
Sem isso é como o beijo de Judas
Cheio de ferrugens
Como diz a canção,
Pode ser branco, os dentes
Apliacados de caras lentes
Brilhando nas redes de solidão...
Redes sociais não são agrestes,
Nem são quentes como o areião
Que dilatam os pés rachados
Seres antes de tudo fortes
Nascidos e vividos no Maranhão...
Não basta se por perseguição,
Com valentía pusilânime,
Caindo como escamas do amigo de João,
Não enxergam como Paulo
Não há Ananias para lhe uma oração,
Caem todos ao meu lado,
Do lado esquerdo e do direito
Diante de minha poderosa visão,
Rasgadas pela Caatinga,
Tuncuzeiros,
Folha de cansanção,
Carcará que registro as queimadas,
Que não morre, não morre não,
Dentro das mais densas adversidades,
Eu vou caminhando rente ao chão,
E quem se altaneja
Contra minha perigrinação,
É preciso saber de onde venho
Por onde andei nesse mundão,
Nunca voltei, não faço isso não...
Unhas-de-gato já rasgaram esse meu coração...
Muitos mortos em minha mente,
De amigos, de outros, há uivos doídos
De bois chiando em minha canção,
Levei as ruas por onde passei,
Vendi gelo no Maranhão,
Eis aqui para qualquer Batalha
A minha disposição
Contra seres que se acham nas sombras
A pensar que não os sinto não,
Sentir é mais forte que ver
Mas eles não escapam nem a minha visão,
São os seres impregnado nos porcos
Que tiveram medo de jogarem na Precipitação,
Agora que luto sem medo
Sem medo de morrer, não tenho isso não,
Jesus vai em minha mente
E Jah no meu coração...
Não basta ser negro,
É preciso ser Preto em toda sua convicção,
Os Pretos chegaram amarrados
Apanharam dura lição,
Em prejuízo da raça
Há negros que não são Pretos não,
Podem estar alçados em grande posição,
Mas se enzinhavram pela trilhas da maldição,
Fedendo a tudo que tocam,
Eis-me aqui sem lhes necessitar de favores
De seus mandamentos não
Não aceito prata
Não sou adido de Traição,
No meio da coisa pública
Lanço meu grito avisando a força de meu coração,
Eis que caminho sem medo,
Eis pra todos o meu tipo de perdão...
Oh oh oh
O diabo na rua no meio da educação,
Viver não é perigoso
Para quem se impregnou da essência
Da Rosa de João...