Sob as máscaras

Um filme me sussurrou,

Que a felicidade não deixa a grama morrer.

Partes secas, murchas, sem vida,

Contrastam com a camada colorida.

O verde espreita sob as máscaras,

A subjetividade oculta,

Faltam flores, borboletas e pássaros no jardim,

Mas começo a arrancar o mato, limpar a sujeira e regar a trilha aberta em mim.

Nascem novas plantas, espontâneas,

Atraindo espécies diversas para perto,

Observo as possibilidades desabrocharem,

Contemplo o belo, decidindo viver

Apenas pelo que valeria a pena morrer.

Faço as pazes comigo mesma,

Me convido a dançar descalça,

Na terra úmida que eu mesma reguei,

Me torno flor, me planto em mim mesma.

Enraizo rumo ao centro da terra,

Segura de mim,

Sinto meu corpo se encher de força vital,

Conecto terra-coração-céu.

Ecoando em direção ao universo,

Encontro tudo que preciso,

Dentro e fora de mim.

Rafaela Andrade
Enviado por Rafaela Andrade em 24/03/2024
Reeditado em 04/04/2024
Código do texto: T8027079
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