CHUVA E SONHO
Mulher ondulante, ofegante
Certeira no bramir da noite
A dança do seu corpo é serpenteia
Êxtase dedilhado no sussurro
Que chama e molha a terra
Umedece o doce vento
Mesclado de chuva e sonho
Que se abre e cede o fluxo
Da maré da vida das delícias
Tú és feiticeira das horas do cio
Onde a terra e a àgua se fundem
Para ser um rio no seu colo de vontades
Entre aberta sobre sua região etérea.