CHUVA E SONHO

Mulher ondulante, ofegante

Certeira no bramir da noite

A dança do seu corpo é serpenteia

Êxtase dedilhado no sussurro

Que chama e molha a terra

Umedece o doce vento

Mesclado de chuva e sonho

Que se abre e cede o fluxo

Da maré da vida das delícias

Tú és feiticeira das horas do cio

Onde a terra e a àgua se fundem

Para ser um rio no seu colo de vontades

Entre aberta sobre sua região etérea.

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 09/03/2024
Reeditado em 09/03/2024
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