Dádiva minha.
Se as estrelas brilhassem mais que tu,
Minha prenda,
Quiçá, desviariam a minha insana obsessão por ti…
E teriam, ainda, que ter o impacto
Da mais linda oferenda,
E se vem do céu, eu não sei, não perguntei, Apenas jubiloso, a recebi…
E assim a vida desliza, irrefreável,
Num intrépido frenesi,
Qual o puro sangue, sem arreio, em pelo,
E em plena liberdade,
A buscar em sonhos agalopados,
E nas infindas trilhas da saudade,
Por quem, na ansiedade, por tantas vezes, renasci.
O amor não tem cor, leis, não se sustenta em juramentos,
O amor surge ao nascer do sol e arrefece no seu desprovimento…
Amor de verdade só transcende, na atenção, no bálsamo do zelo,
E não somente nos frementes e atraentes regozijos do momento.
Eis que por ti é visgo o meu amor, cola, grude, tatuagem e selo…
Traz-me a paz, o teu querer e teus frutíferos e ardorosos alentos.
Em ti parasita o meu desejo, no teu atento olhar de desvelo.
Em ti me revelo e me revejo, senhor dos mais nobres sentimentos.