Retirante do amor



Retiro-me, errante...
Eu erro e, estonteante
Fico pensante,
Entre um pólo e outro de meu quadrante
Ser importante na prosa do mundo inconstante
Deito em mim um levante a lugar algum...

Saio despida das raízes mortas,
...tão tortas
Pouco importa,
Sou retirante das terras distantes
O que penso nada importa,
O que escrevo
Nem sei se devo ler ou profetizar...
Devo amar
A alma imunda...
Boa alma abunda...
Não afunda
Retiro-me destas plagas,
Deixando adeus sem mágoas
Saio de mim, não para habitar em ti... Divago!

Meus versos soltos agregaram-se à multidão furiosa
Cansada do versejar correto. Não querem rima
Desejam ampliar suas sinas de dor, de dissabor

Vou embora, mas agora te dou minha mão
Segue-me... Não quero ir solita, pois aflita
Não encontrarei amor... Quero a paz!