Dentro das noites violadas
Dentro das noites violadas
Entres os sofrimentos excruciantes
Moldam-se meus seres tristonhos
Que me olham com esguelha desprezada
Destruindo fontes de alegria que não
Consigo mais apalpar...
Dentro dos dias mais sombrios
Onde não há rumos a trilhar
Eu me perco em meus novos caminhos
Pisando onde ninguém mais quis pisar
Entre a tarde envelhecida
E a jovem alvorada
Há um intervalo em que ressoam
Meus sonhos, que se apagam só de os pensar
E essa luz fugidia que não encontro
Mas a que outros tanto vejo cantar
Descrevendo cantos de aves e flores
Estou certo de não ser capaz de imaginar
Em mim se debatem furacões
E uma eterna vontade de chorar
Dentro das coisas violadas
É que encontro como que um ninho
Onde jamais consigo me realizar