A Musa que me deixou
Oh, Musa dos meus mais tenros anos
Que saudades de você eu tenho
Que me brindava com sonhos de amor
Onde está agora nesta hora de terror
Em que só se acercam de mim versos de dor?
Eu gostaria de cativar escritos de alegria
Enterrar no fundo de minha alma todo rancor
E semear por estes caminhos flores de carinhos
Não apenas os espinhos que ferem com ardor
Aqueles que me encontram sozinho, sem falar
Das alegrias que me vinham quando podia ter comigo...
Oh, Musa de gestos delicados e caros,
Como faço para contigo me reconciliar
Mesmo que sendo impossível te expressar
No que faço, no que escrevo, no que leio,
Em tudo que me cerca,
Dá-me outra vez tua companhia
Para no meu sono contigo sonhar
E ter a certeza que tenho em te apoio
E, baseado nos nossos encontros oníricos,
Por fim, versos mais brilhosos possam,
Não apenas a mim, mas tudo e todos revelar...