As últimas forças
Da luz de teu olhar foram criados infinitos caminhos em meu coração
Cada um deles repletos de gentes e animais e flores
E eu nunca mais senti solidão
Minhas fraquezas foram se apagando como dorme um vulcão
Da luz de teu olhar surgiu um clarão na minha Escuridão
E quando não havia mais ânimo na minha alma
Eu senti o toque de tua leve mão
A erguer-me da lama da podridão
Da luz do teu olhar me veio a radiação que aqueceu meu coração
Da luz do teu olhar cujos olhos estavam além de distante mão
E eu que não cria mais em qualquer solução
Ergui-me juntando as últimas forças de meu ser em decomposição
E caminhei palmilhando sobre as pedras no chão
Fui rumo ao clarão da luz de teu olhar
Que me animou alma, corpo e coração...
E passei do limitado, morto, ao infinito
Como se o universo fosse um balão...