QUEM AMOU, QUEM FOI AMADO.

Os sonhos que sonhei, por certo, não foram os teus sonhos,

As mãos que me afagaram, não foram às mesmas que te acariciaram,

Os olhos que me velaram, não foram direcionados a te,

Foram os meus olhos que úmidos de lágrimas, por ti se encantaram,

E não pudestes ver um amor que morria mesmo antes de nascer.

Lamento não pelo teu amor, mas pela duvida do amar que em mim deixastes.

Pela distância que criastes entre o mal e o bem. A dúvida...

A certeza de que o amor existe, mas não poderá ser meu e teu, nunca será.

Esta dúvida, louca dúvida de um amor, que não sabe o que é amar.

Amor, incompreensível amor, amor dos homens... Amor da vida.

Rio, 27 de dezembro de 2007.

Feitosa dos Santos