A última vez
A volúpia de uma semana inteira.
Me faz parecer presa prestes a fugir.
O desejo latente sempre a espreita
Sintoma da paixão destinada a ebulir.
Sem saber que aquela era a despedida,
Devora o corpo sem sentir o gosto,
Aprecia a nudez vibrante e destemida.
E se entrega de novo de alma e corpo.
Sente a maciez da pele que acalma.
Respira pelos poros como costume.
Procura o beijo que acolhe, mas falta.
O cheiro do corpo é doce perfume.
Sua respiração ofegante não tarda.
Nem o tremor que sempre me brinda
Vem entorpecer de fulgor mas acalma,
A sensação de prazer sem bem vinda.