DESAVENÇAS

                                            Solano Brum

Às vezes a amo... Outras eu a odeio;

O mesmo ela me diz em seu furor!

Livro cuja história eu sempre leio;

Sem título, sem tomos, sem autor!

 

Sou pedra inicial... Às vezes, o esteio

Ou haste que sustenta a linda flor!

Às vezes, oração que muito creio

Ou assombração causando lhe pavor!

 

Revela-me não saber quem eu sou

Mas, nas entregas, por seus desejos,

Oferece-me ouro que nunca garimpou!

 

Outras vezes, a ternura de nós dois,

Forja o perdão e nossos beijos

Transfere as desavenças pra depois!

= = = = = =

 

 

foto  QUASE NÃO CONSIGO EDITAR SUA INTERAÇÃO. MAS, EI-LA, BVELA COMO SUA POESIA. OBRIGADO

 

DESENCANTOS

             Jaco Filho

 

Uma deusa faz-se humana à minha frente,

E um surto hipnótico muda meu caminho.

Longas noites esperando pra ter o carinho,

Da ninfa que me olha, mas age indiferente.

 

Mergulho em poemas e sinto seu perfume,

E em cada verso moldam-se os contornos.

Vou criando sonhos e aguardando retorno,

Mas tudo que recebo, é motivo pra ciúmes.

 

São desencontros fatais a quem ama tanto,

E pensa ter em comum, muitas afinidades.

Desencantos, que bloqueiam da felicidade,

 

A melhor chance de vivermos os encantos,

Que nos levariam ao céu com naturalidade.

E enquanto espero demora uma eternidade.

                   = = = = = = =

 

Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 27/09/2023
Reeditado em 03/10/2023
Código do texto: T7895701
Classificação de conteúdo: seguro