SEMPRE QUE VIERES

Vem devagar

nos teus passos largos,

flor de todos os cuidados,

guarida de rara subtileza

do luar despido e doirado,

momento sempre esperado.

Vem de surpresa

salpicando frescura p’rá vida

que em si teimosamente queima

na busca de alma parecida.

Vem docemente no luar

deste agosto quente

no teu corpo de colina fina.

Vem devagar, vem menina,

que anseio ardentemente

que o momento dure sempre…

Vem, vem…

para que se faça rima

a ouvir assobiar o vento,

sem deixar que se esgote o tempo,

e... adormece-me,

que quero sonhar ainda…

José António de Carvalho
Enviado por José António de Carvalho em 17/08/2023
Código do texto: T7863997
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