GARIMPANDO O AMOR
GARIMPANDO O AMOR
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Tanto tempo você me buscava,
Nos poemas parnasianos, trovas.
Perambulando pelas rudes trevas.
Vasculhando os brancos versos.
Trevos sem folhas; sem alma, cara.
Boatos em poemas, omissas provas.
Plantações de raízes tortuosas sevas.
Sonetos elegantes, nobres, dispersos.
Estava escrito. Achou-me em um cordel.
Oriundo de povoados árido do nordeste.
Habitamos versos em comunhão, libertos.
Ardíamos em chamas, nas rimas do céu.
Amávamos em matas virgens, doce agreste..
Você criadora; eu, só um poema incompleto.
(Gustavo Drummond)