Céu
Lá longe está a paixão...
Em meu íntimo se espanta
Assustadora e abrasadora
Que me queima, abraçada com a insensatez.
E o juízo, o fardo, a nitidez?
Chama que queima em pele viva
Tecendo vontades cruas
Na briga pelo prazer e lei.
Hoje o composto fogo dorme
E a fissura de viver não é essa
Que se oferece e se tira
Ela brinca com a pele rígida.
Brindo a suposta volta, famejando a espera tua.
Jamais será depois da aurora
Pesada e dolorosa... temida culpa
Tu não sabes da paz que pede o íntimo.
Queria o deslumbre de olhar nos seus olhos
que são portais me transportando para outro mundo
Esse é o sentimento verdadeiro,
Incauto, calado e sedento, leal
O intocável me toca os lábios, sem sair do lugar.
Mas no fim, existe se nele existir
Torna-se UM quando nele morar...
Lar que te ofereço sem pressa de acabar.