Céu

Lá longe está a paixão...

Em meu íntimo se espanta

Assustadora e abrasadora

Que me queima, abraçada com a insensatez.

E o juízo, o fardo, a nitidez?

Chama que queima em pele viva

Tecendo vontades cruas

Na briga pelo prazer e lei.

Hoje o composto fogo dorme

E a fissura de viver não é essa

Que se oferece e se tira

Ela brinca com a pele rígida.

Brindo a suposta volta, famejando a espera tua.

Jamais será depois da aurora

Pesada e dolorosa... temida culpa

Tu não sabes da paz que pede o íntimo.

Queria o deslumbre de olhar nos seus olhos

que são portais me transportando para outro mundo

Esse é o sentimento verdadeiro,

Incauto, calado e sedento, leal

O intocável me toca os lábios, sem sair do lugar.

Mas no fim, existe se nele existir

Torna-se UM quando nele morar...

Lar que te ofereço sem pressa de acabar.

Brenda Botelho
Enviado por Brenda Botelho em 05/07/2023
Reeditado em 07/07/2023
Código do texto: T7829721
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