LUME
Inquieta-me não ter resposta
À minha constante indagação:
“Que brilho mágno é este
Que brota dos olhos teus
- com tanto encantamento -,
Deixando doces vestígios
Nos meus olhos redivivos?”
Esta luz paira no ar
Com laivos misteriosos,
Como obra prima, formosa,
Predestinada a envolver
Como poética canção
O meu súplice coração.
Este magnetismo incomum
É interrogação que não cala.
Flameja também na minh’alma
Deixando-me assim: reticente...
Sem saber se vivo em mim
Ou se perco o meu juízo,
Quando esta luminosidade afaga
Este teu sorriso vívido.