O Contorcer das Ofandades

Quando paro de pensar em ti

Me deparo com minha Realidade

E sinto se contorcer no desespero

Todas as minhas orfandades

Quando paro de pensar em ti

Torno-me alguém sem esperança

Infeliz em todas as instâncias

Sentindo uma vontade se fugir

Quando paro de pensar em ti

Passo a viver meu pesadelo

Que tenho que levar sem apelo

Enquanto não estiveres aqui

E a vida é -me sempre assim,

Revigorar-me numa fonte sempre ausente

E caminhar, seguindo em frente,

Imaginando que pensas em mim

Me confirmaram que um dia o presente

Marco seja de vazio o fim

E possamos em aroma de alecrim

Termos os rostos mais sorridentes

2009

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 17/04/2023
Reeditado em 17/04/2023
Código do texto: T7765769
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