ENQUANTO O DIA NÃO NASCE…

Oh… que ânsia me invade…

Depois da tarde, a noite,

A lua, o silêncio,

E a alma faminta.

O rosto da madrugada,

Os cabelos de sol,

Os lábios da maçã,

A chuvinha de orvalho,

Os olhos fechados.

Os picos da montanha…

Onde nascem ribeiros

Crescendo enquanto descem,

Unindo-se ávidos

Aumentando no leito,

Aglutinados num só rio

Num fulgor de arrepio

A devorar as margens

De idílicas paisagens

Até morrer no mar.

José António de Carvalho
Enviado por José António de Carvalho em 16/04/2023
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