ENQUANTO O DIA NÃO NASCE…
Oh… que ânsia me invade…
Depois da tarde, a noite,
A lua, o silêncio,
E a alma faminta.
O rosto da madrugada,
Os cabelos de sol,
Os lábios da maçã,
A chuvinha de orvalho,
Os olhos fechados.
Os picos da montanha…
Onde nascem ribeiros
Crescendo enquanto descem,
Unindo-se ávidos
Aumentando no leito,
Aglutinados num só rio
Num fulgor de arrepio
A devorar as margens
De idílicas paisagens
Até morrer no mar.