VARIÁVEIS DO AMOR

Amava-nos tanto, vida sincrônica;

Tempo foi corroendo nosso sentir.

Diluindo empatia, minando ternura.

Hoje somos distantes, ocos, vazios

Vivo sem emoção, alma sem tônica.

Careço de objetivos e metas a seguir.

Descumprimos as promessas e juras.

Clima seco, atroz calor, inexiste o cio.

Alma me assegura: vai ser como antes,

Amor vai reencarnar, será como dantes.

Nossos corpos acoplados, entrelaçados.

Chuva de carinho, beijos, arpejos, afagos;

Seguiremos como um só ser; apegados.

Nos consumiremos nos mesmos tragos.

(Gustavo Drummond)