OS AMORES DAS TARDES ESCURAS
Sinto-me louco ao teu lado
E nas ruas desertas dos jardins, caminhamos...
Olho nos teus olhos e vejo o amor
Então eu embreago-me com teu cheiro de avelã
E suspiro ao ouvir no delírio, a canção
Onde o bálsamo sempre foi-me você
E sinto teus braços me cruzarem
Somos nós o benigno signo d'amores
Enlouquecendo-me de amor e torpor em vinho
Por seres tu o meu amor em mar, Ondas, espumas quentes, brisa
Nos ares, véus, céus e pássaros
E tua boca beijando-me
Num mistério das luas novas, minguante, cheia
Sobre o meu corpo doce
Tenho-o em eu o teu ser
Que sente o coração bater
Num mistério da entrega
Tens tudo que me faz bem.