COTIDIANO DO EQUIDISTANTE
Meu cotidiano tenso, o suficiente
Para ocupar meus pensamentos,
Não foi o bastante para fazer-me
Não desejar o sorriso em tua voz
A fazer-me falta nestes dias turbados
Onde paro e olho tua doce imagem,
Posta na fria pasta virtual,
Faz minhas mãos frias e o coração quente...
Paro, e olho, tu bem sabes onde
Vão logo meus olhos – na tua boca.
Teus lábios, minha rosa, sou teu beija-flor
A mirar-te toda linda face e imaginar-me
Refletido na menina de teus olhos, minha menina
Perco-me no tempo, por segundos esqueço
De minha vida, olhando a moldura de meu desejo
A personificação do meu amor encarnada
Na face de minha querida...
Esboço um sorriso discreto...
Guardo a foto e o meu sorriso contigo
Lembrei, em minha consciência,
A incompetência de minha rispidez
Volto ao trabalho feliz por tua existência,
Triste pela tua ausência
Sentindo a todo tempo a relevância
De tal distância a dizer-me vacante...