A mão que afaga
Num desses remotos lugares, áridos e ainda indesbraváveis, ecoou uma voz de dor pelas frestas das montanhas.
Em sua perfeição de momento, carregada pelo vento, colocada que fosse, não esperava similitude a ermo.
Como uma onda a sempre buscar um espectro, a sondar um espaço inexequível.
Era como o bem.
O eu, nada mais é, que o bem
Em seu modelo.
O protótipo a ser seguido
Mas a sede, a fome
Seriam vilões a nos deteriorar.
Gradualmente perecendo o corpo
A alma desabrocha a sua essência
Com tal esmero vejo a história
De um mundo que torna tão frio
Sinto o calor se dissipar por entre os infinitos de um fio
E não vejo meu nome em nenhun lugar
Ninguém me chamou quando eu morri.
Mas eu morri
Para viver
Para nunca mais ser o mesmo
Eu não seria o conto
De um simples desejo