SEGUNDA PELE
Que estranha sensação de incompletude.
Uma falta de plenitude ante sua ausência.
Uma necessidade de você que nada supre.
A vontade, o desejo seguem em latência.
A lembrança do seu beijo arde minha pele.
E toda memória converte-se em fogo puro.
Um corpo quase febril, até o lençol repele.
A insônia não o encontra no quarto escuro.
A saudade de dormir sentindo seu cheiro,
Escraviza este corpo mais que seu toque.
Nenhum sentido está funcionando direito,
Nenhum remédio ou calmante me resolve.
Você é o gosto que o paladar não esquece,
O abraço que desacelera meus batimentos,
Seu corpo, sem dúvida, minha segunda pele.
Um intruso visitando os meus pensamentos