FORA DE CONTROLE
FORA DE CONTROLE.
O poeta despertou afoito
com excesso de pensamentos,
atingido por inspiração súbita,
expeliu sinais de fluentes versos;
quando ali não estava mais.
Sentiu sede, breve, de menos,
Não importa! Estava ausente,
de revés, torpe, vil, adverso,
insistiu, demente, no poema.
Engasgado, com tantas cólicas,
nem leu sua obra, por dor e pena,
dormiu, fluente, sete longas noites.
Cardume de sonhos pífios, caóticos.
Abraçado com nostálgica insônia,
Sendo beijado por lábios estridentes.
[gustavo drummond]