DEVANEIOS
Nos meus pensamentos e devaneios a abracei e beijei com volúpia como nunca havia beijado alguém.
Assim permaneci extasiado durante algum tempo. Era impossível renunciar a tanto aconchego e carinhos, com prenúncios de muita vida e um bem querer.
O que eu, e mesmo o mais entusiasmado dos homens podia esperar era que esses devaneios pudessem se transformar numa realidade plena. Mas aconteceu.
Agora, desnudos dos pés à cabeça, lá estávamos entrelaçados como uma simbiose, sugando cada suspiro um do outro.
Não. Não sonhei e nem estou sonhando. Não materializei nada. Apenas pensei e vibrei positivamente com toda força do meu amor e do coração.
(CLEMENTINO, poeta e músico de São Sebastião – SP/BR.)