Siempre
Siempre
Onde muito procurei, mas jamais encontrei
Um sonho, um sorriso, um romance não vivido.
Um texto ou centenas, me traduzo em loucura e consciência.
Éramos um, éramos dois, éramos nós.
De lagoa virei mar, de riacho virei onda, quebrantada pela violência.
A força ignorante, a vontade de estar contigo, se tornou forte e ao mesmo tempo amena.
Deixando viver e correr, como todo riacho deve ser.
Sem curvas ou sem tempestades, deixar a coisa fluir, de forma serena.
Aquecendo o sentimento em banho maria, esperando um contato, uma vista plena.
Desejo contigo um sorriso,
Uma vida inteira, cantada em serenata.
Daria qualquer coisa por apenas uma madrugada.
Descansar nos braços de quem nunca nem vi, no sonho envelhecer.
Numa letra perdida em meio em tantas outras escondidas:
"Daría cualquier cosa,
por tan primorosa,
Por está siempre aquí.
Y entre todas esas cosas
Déjame quererte, entrégate a mí."
Um sonho bem sonhado, um desejo infundado.
Um sorriso bobo, sempre carregado…
Vou levando os dias, contando as horas no astrolábio da vida,
Torcendo por uma história ainda não contada,
Viajando num vívido devaneio, que acordado fico em desejos.
Me iludo e me comprimo, me exaspero e respiro.
Noite adentro escrevo, vivo essa bandida febre,
Que me tira o sono e me sinto alegre,
Pra depois sonhar contigo.
Pra no final, ver tudo o que desejo, "siempre" sorriso.