Roda gigante
Quando estou sentada
Encarando os meus livros,
Enceno todo uma peça
Tintim e tudo preciso.
Não vejo a hora passar
Choro e volto a sorrir,
Encantada com aquilo
Que estar a emergir.
Paro e penso agora
No seguinte passo a dar,
Muito amor no coração
Que não dar mais pra esperar
Esse amor não correspondido
Nunca chega a um ponto final,
Roda todavia
Em um círculo aspiral.
Roda a roda e se repete
Nunca chega no fim,
O amor por mim dado
Circula e fica assim
Sem querer cortar
Esse lance meio doido,
Estou me chateando
Isso está me deixando louco.
Não querendo me gabar
Mas está perdendo tempo,
Venha logo minha dama
Saía desse mero relento.
Traga vento ela para mim
E com ela trava a verdade,
Sei que vai doer um dia
Deixe de tanta maldade
Não quero que fique assim
Roda e volta a rodar,
Quem me dera controlar o tempo
E fazer tudo isso parar.
Esse sentimento dói
Mas também me trás alegria,
Tantos momentos bons
Está me dando agonia.
E se eu partir
Essa roda gigante,
Será que vou prosseguir
Meu caminho adiante?
Não quero parar de sentir
Mas me faria tão bem,
Parar de sentir saudades
E de ser tão refém.
Refém desses sentimentos
Que dá tumba vem a surgir,
Me atormenta todas as noites
E me impede de seguir.
Mas dói e me faz bem
Não sei o que fazer,
Corto ou fico em silêncio
Deixando acontecer.
E se um dia tu voltar
E na roda emergir,
Não direi nunca e agora ?
O que venho a sentir.
Sentirei remorso
Por te deixar partir,
Nunca deixarei
De amor por ti sentir.
E se ficar aqui
Não saberei o que fazer,
Nem esse sentimento maluco
Eu mesmo sei entender.
Nunca chegará a um final
Isso já está escrito,
Concluo esse poema
Pois tudo já lhe foi dito.