De tanto querer

De tanto querer, busquei estrelas,
Uma a uma, contei-as...Perdi-me no tempo.
Meus versos não são mais meus
(Mas as palavras ainda fluem de mim)
Misturaram-se em sonhos bons
Dos quais acordamos felizes,
Que ainda vou ter...
...E viver!

De tanto querer, tive fé em passagens.
Abri portas, escancarei janelas...
Fiz comédias e dramas, belos ou não,
E vivenciei-os em cada um dos meus dias.
Pedi ajuda aos anjos, que te trouxessem,
Mesmo que viesses em pedaços.
E ficasses comigo.
Eu tornar-te-ia inteiro...

De tanto querer, plantei flores,
Reguei-as com meu pranto,
E as esperei crescer.
...Mas não pude colhê-las.
Vi, a cada dia, como se morre,
(Mesmo estando viva)
No sofrimento intenso de não ter.
(ou na ânsia de querer apenas ser...)

De tanto querer, fiz do corpo uma viagem,
Sem preocupação de volta...Apenas fui,
Pra dentro de mim - e te levei junto...
( em meus pensamentos mais puros)
De tanto querer, esqueci-me dos medos,
Das tentativas vãs de esquecer...
Fui adiante... E feneci
(havia ínfima esperança de um dia, renascer)
Na ponta do canto de amor, que fica.
(Na saudade imensa do meu querer...)

®Sunny Lóra
Denise Severgnini