AS GAIVOTAS

O céu estava límpido e todo azul;

As aves voavam suavemente entre as nuvens;

De céu em céu num bailado sinfônico;

O luzir do sol declamava a alvorada poética.

A poesia perfumada d'amor enamorado;

A relva que a névoa abraçava em jardins;

Trazia a melodia dum beijo d'água doce;

Um rio que deságua no mar de canções.

Nenhuma nuvem partiu para longe;

Um jardim circundava as árvores;

E as folhas verdes com arama de pintanga;

Balançavam como as asas dos rouxinóis.

Ó amor, a poesia como seresta banhava;

A serenata que sinfonicamente beijava;

Os amantes apaixonados no céu de cetim;

Caiados na terra que semeava a vida sem fim.

Ô gaivotas, livre é o amor em lua;

Nessa tarde nua despindo a noite;

Num colorido que adormece o findar;

Desse poema d'amor com cheiro de brisa.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 21/08/2022
Código do texto: T7587280
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