UM AMOR CÓSMICO
Crescente em Sol poente.
Eclipsado, quase doente.
Cheio de labaredas.
Seria assim o amor?
Distante...mas sempre juntos.
Fogo e sombra. Ouro e platina.
Crateras.
Enquanto um dorme,
o outro sofre.
Quando um se vai,
o outro sobe.
No palco do céu,
Esse amor cósmico interpreta
viveres de romeus e julietas.
O astro rei vira príncipe de trevas.
E a Lua, minguante em seus desejos,
vai se entregando a meteoritos amantes.
Vem o Harley, com sua cauda
escandalosamente fashion.
Cometa loucuras, diz ele, passageiro!
A vida é curta. Longa é minha cauda....
E tudo se renova.
Assim como o amor, o Sol nasce a cada dia.
E morre ao final da tarde com um lindo
espetáculo de se pôr.
Nasce a Lua. Ora cheia, ora crescente...
Mas sempre nova. Como novo será o amor
de todas as noites.
Como sempre será a vida...
Até que chegue o final dos tempos...