Comer do amor

 

Venho me perdendo nas madrugadas

A tua voz aos ouvidos com palavras mórbidas. 

Juras de um amor parvo, deserto, logro

Então me embriago com um copo de cerveja

Na concepção mais sórdida de um beijo.

Sabor de mel, sabor de fel, sabor de despedida.

 

Quando me apercebo da farsa desse amor, 

        Do teatro que é a nossa vida, acordo,

Fumo, fumo até o último cigarro surrado,

Depois saio pelas ruas da cidade

 

Eu quero Amar, eu quero o amor, Amor

Um amor inteiro como dos amantes

Que faça minhas noites calentes.

Eu quero amar, eu quero o amor

 

Quero comer do amor, beber do amor,

Ter o amor e do amor morrer de amor. 

  Sentimentos fluem do peito e bate forte 

   Nas cordas de um violão desconexo.