ÚLTIMA POESIA

Está é a última poesia que faço a seu favor,

Assim como flor preciso ser regada também,

Meus versos não serão sobre incerto amor,

O amor que só me procura quando convém.

Esta poesia tem um "que" de raiva e tristeza,

E com certa fineza lhe proponho meu carinho.

Este rio em mim precisa da sua correnteza,

Não deixaria nunca você naufragar sozinho.

Com certa elevação deixo meu corpo sucumbir,

Sem intervir faço descaso desta real conexão.

Engasgo assim com as palavras que queria proferir

Para deixar espaço para o seu futuro em questão.

De mim não receberá nenhuma investida,

Minha conquista se dará pelo cruel silêncio.

Não sou culpada, eu sei que serei absolvida.

Mesmo tendo que passar por mil julgamentos.

FLÁVIA PINHEIRO
Enviado por FLÁVIA PINHEIRO em 10/07/2022
Código do texto: T7556559
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