TENTAÇÃO
Eu prefiro chamar de paixão,
Tentação: é como você nomeia.
Você, distante e perdido na sua razão,
Abrasando o fogo que me incendeia.
No silêncio procuro seu aconchego,
Até o seu calor me faz bem,
Posso sentir seu palpável medo,
Medo de possuir aquilo que já tem.
Há muitas vidas busco por você,
Não foi sorte te (re) encontrar,
Você, preocupado em se perder,
Acaba privando-o de ganhar.
Esperas sentir outro sentimento,
Eu esperava escrever outra poesia,
Se não estivesse no meu pensamento,
Seria muito provável que conseguiria.
Essa poesia era para ser sobre desejo,
De arrepios e encontros casuais.
Fui "tentada" a mudar o enredo,
Não pretendo viver coisas triviais.
Não faz sentido dizer que é tentação,
Não dá para fugir do que está dentro.
Eu vou continuar chamando de paixão,
Decida você; se é antídoto ou veneno.