Trinados de Amor

 

É manhã.

Minha alma corre os rios,

Os meus lábios em assobios

Desafiam o beija-flor.

Nas estradas candiais, parreiras

Mangangas, trinados de amor.

 

O amor não voltou a tempo,

O trem não chegou a contento,

A boca se fartou de acaçá

Misturado ao vapor.

 

É manhã.

Manhã de tantas outras manhãs

Cheias de agonia das incertezas

Desse amor.