Felicidades

(Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado)

A cada respirar eu peco, Senhor

Pois sinto-me a roubar o ar de alguém muito mais digno...

Desde sempre venho com entendo delitos,

Antes sem consciência,

Mas agora e sempre, sei o que faço,

E roubo a alegria de alguém,

O sonho de outro,

A oportunidade da vida de alguém que estrago,

Dinheiro,senhor, já roubei,

Notas de mil cruzeiros que comprava um bolo e um café com leite no mercado,

E eu nemem lembrava senhor do meu. crime

Diante do magarefe, Seu Domios, gente boa...

Ele sempre ia fazer alguma coisa,

Virava as costas

Entquando eu entregava a os buchos e tripas

Do boi que ele vendia a carne....

Era o tempo de minha mao pequena,

Com cuidado

Puxar uma nota de mil cruzeiros...

Depois eu ia dá trizidela até a beira do rio logo abaixo do matadouro

E enchiam a bacia de zinco,

Fazia .aos três entregas por vez,

Quando coincidia de ir para o centro,

Logo depois ia nas tias do café

Comia sentado na calçada

Um bolo de trigo com uma xícara de café com leite,

Era tão bom

.e sentia tão feliz,

Pequei senhor, muito

Mas eu acho que o seu Domingo sabia,

Acho que ele tinha pena de meus olhos fundos

. mirando menor nota,

E saia porque percebia minha vergonha,

Não ter mil cruzeiros,

Mas de não ter nada para comer...

Valeu Seu Domingos

O senhor me fez muito Feliz.

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 13/05/2022
Código do texto: T7515058
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