ÀS VEZES...
Às vezes balbucio seu nome,
Deixo-o fugir no vento,
E a brisa que me suaviza;
Faz do ser uma folha...
E a folha voa...
Vai até certa altura;
E cai...
Cai suavemente!
O minúsculo ruído,
Transforma-se em vozes;
Num pedido de socorro...
Socorro!
Seu nome é soletrado,
Entre dentes e língua;
Ele metamorfoseia-se,
Na palavra amor...
Amor...
Sem amor!
As lágrimas...
À vontade salgada,
Uma interjeição?
Às vezes é assim...
Sinto-me como louco;
Acabando-me aos poucos.
Às vezes sim...
Às vezes não...
OSIASTE TERTULIANO DE BRITO
02/03/2001
Loanda – Paraná