A Homenagem de Rodin à tua Beleza
Mirando as nuvens, caçava símbolos e sinais
E não via nada que a algo fosse semelhante
Eu não via flor, logotipo, navio ou elefante
E quanto mais olhasse, só via nuvens e nada mais
A paleidolia se curvava às formas reais
Nos meus olhos pragmáticos, de saber pedante
Nos céus, era incapaz de ver o dissonante
A fantasia, em mim, não venceria jamais
Se um certo dia, eu, um poeta do concreto
Não me deparasse com o teu sorrir, como pintura
Desde então, nas nuvens vejo todo o alfabeto
E cada pequena forma é a mais bela criatura
Nas nuvens, li até mesmo um soneto
E vejo sempre Rodin a moldar tua escultura