A Homenagem de Rodin à tua Beleza

Mirando as nuvens, caçava símbolos e sinais

E não via nada que a algo fosse semelhante

Eu não via flor, logotipo, navio ou elefante

E quanto mais olhasse, só via nuvens e nada mais

A paleidolia se curvava às formas reais

Nos meus olhos pragmáticos, de saber pedante

Nos céus, era incapaz de ver o dissonante

A fantasia, em mim, não venceria jamais

Se um certo dia, eu, um poeta do concreto

Não me deparasse com o teu sorrir, como pintura

Desde então, nas nuvens vejo todo o alfabeto

E cada pequena forma é a mais bela criatura

Nas nuvens, li até mesmo um soneto

E vejo sempre Rodin a moldar tua escultura

Marcelo Simas Pereira
Enviado por Marcelo Simas Pereira em 31/03/2022
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