Quando me vi em forma Líquida

Nem era tempo, nem tempo era...

Nunca passou

Nunca chegou

Mas está aqui..

Um raio rasgou minha testa

Quando me vi em forma líquida

Deslizar pela estrutura do enigma eterno

Sem nenhum tipo de certeza, nenhum

Sem saber, sem saber

Mas sendo-me fortemente cada vez mais...

O labiríntico transcurso por dentro das dimensões acima,

E abaixo

Não me permitiu descreve-lo apenas com os sentidos que tenho,

É um defeito de poeta menor,

Mas pensem num sonho dentro de um pesadelo dentro de um sonho dentro de...

Mas então eu divisei,

Como se fosse pessoa,

Cada pecado que já entrou neste mundo,

Que fez morada em cada Ser,

E todos aqueles que ainda virão...

E cuspiram de lado,

E ameaçaram,

decifrei sua gramática,

Disse, todos vós são apenas erros...

Então eles desapareceram e eu comecei a andar mais devagar,

Mas via melhor minhas linhas tortas...

E agora que que aqui estou,

Da mesma forma

Desapareço...

É quando te vejo e te ouço,

tenho contato contigo,

Como se mil anos tivesse vivido,

Entre uma dissonância e outras...

Não é tempo.

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 02/03/2022
Código do texto: T7463438
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