Nunca vou dizer adeus
Desde cedo, uma vez em que notei
Que minha genitora vinha a minha cidade apenas
Para sacar a pensão de viúja,
Fui para detrás da casa na hora da partida,
Resisti quando alguém veio me chamar,
Entrei para mais pra dentro do mato,
Mas não pedi a benção!
Eu não balanço a mão nas despedidas,
Não dou tchau,
Tudo em isso é atestado de separação,
E eu sou também isso que lembro,
Coisas que machucam
Coisas que fazem rir
Então,
Nunca,
Nunca vou dizer adeus
Nem pra você
Nem pra nenhuma parte de mim,
Nem pra ninguém...
Vamos todos nós movendo num para sempre
Onde tudo que sentimos é uma visão de mundo,
Por onde às vezes vejo, rápido e demoradamente
Tento me encontrar em coordenadas nesse novelo transcendente
E assim diminuir o impacto do presente
Que sempre vem chegando...
Nunca vou dizer adeus.