Talvez

Cadê as flores que um dia te entreguei?

Onde deixou os vasos?

Nem adubo, nem regadores...

Não há mais o que germinar!

Nem festas, nem confetes

Pra enfeitar ou trazer de volta o colorido...

Sinto que estamos numa TV antiga, mal sintonizada e choviscando por dentro...

E há telespectadores nos esperando...

O que fazer?

O que oferecer, se já nem me vejo mais aqui?

Sinto ainda o beijo, porém já frio...

Sinto ainda o calor, de nossas conversas acaloradas...

Sinto ainda minhas pernas trêmulas, pelo medo de fechar a porta (de vez).

E assim, deixo a fresta sempre à vista...

Me apegando ao maldito "talvez".

Um dia...

talvez eu encontre novamente as flores que te entreguei...

e talvez, já não sejam mais as mesmas.

Talvez nossa sintonia um dia nos conecte de novo,

em caminhos opostos...

Vai ficar tudo bem!

Talvez, talvez você vire um poema guardado no meu velho diário...

Talvez, talvez...

Brenda Botelho
Enviado por Brenda Botelho em 23/12/2021
Código do texto: T7413740
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.