EM PEDAÇOS
EM PEDAÇOS 20/04/1995
Espelho partido
Pedaços de vidro
Cacos, restos
do que podia ter sido
Apenas pelo sonho movido
ou pela imaginação
realidade funde-se a ficção
sem real objetivo
Ou objetivando o impossível
O inverossímil
Apagar o que se foi
Juntar pedaços, reciclar,
construir uma nova realidade
- Como éramos felizes e não sabíamos!
Espelho partido
Pedaços de vidro
Cacos, restos
De reflexão, auto-reflexão
E o que resta: Ilusão, distorção,
visão sem nexo - a imagem do complexo
pontos de reflexo inflexíveis,
sonhos inadmissíveis...
E a esperança
de um fragmento
com tamanho suficiente
para ver meus olhos
Espelho moído
Pedaços de vidro
Cacos, restos
De reflexão – auto-reflexão
E o que resta
Viagens impossíveis – intangíveis
Buscando o infinito.