Errei ...
Errei ...
Errei por acreditar ter sido especial na tua vida,
Por crer que poderia ter mudado o sentido dela,
Assim como me propus, por ti, a mudar o sentido da minha.
Errei por ser o que sou, autêntico, brincalhão, expansivo, grave às vezes,
mal interpretado.
Por esconder muito pouco o que sinto e por ter um coração enorme, cuja generosidade
Trai os mais singelos princípios de como um homem deve se comportar com uma mulher
Errei por me abrir demais, planejar demais, já o fiz outras vezes, mas não assim.
Me apeguei a esse amor, a você, às nossas coisas, nossos planos, nossas carícias.
Quis você como a ninguém antes,
de cara, alma e coração limpos,
independente do meu passado, que volta e meia, infantilmente, para provocar teu ciúme, trazia às nossas conversas.
Traí a mim mesmo, à minha maturidade, ao meu futuro e ao meu coração ao jamais acreditar que chegaríamos a um adeus.
Te quis como jamais quis, te amo como nunca amei.
Errei por não saber encaminhar esse amor.
E agora aqui estou, envolto na bruma solitária de outro equívoco.
Serás mais um poema.
Já o és agora, retratando, como me dissestes, um ciclo.
Dessa vez mais sentido, mais forte, mais pegado, como foram nossas noites, nossos beijos,
nossas carícias.
Nunca te esquecerei.