Errei ...

Errei ...

Errei por acreditar ter sido especial na tua vida,

Por crer que poderia ter mudado o sentido dela,

Assim como me propus, por ti, a mudar o sentido da minha.

Errei por ser o que sou, autêntico, brincalhão, expansivo, grave às vezes,

mal interpretado.

Por esconder muito pouco o que sinto e por ter um coração enorme, cuja generosidade

Trai os mais singelos princípios de como um homem deve se comportar com uma mulher

Errei por me abrir demais, planejar demais, já o fiz outras vezes, mas não assim.

Me apeguei a esse amor, a você, às nossas coisas, nossos planos, nossas carícias.

Quis você como a ninguém antes,

de cara, alma e coração limpos,

independente do meu passado, que volta e meia, infantilmente, para provocar teu ciúme, trazia às nossas conversas.

Traí a mim mesmo, à minha maturidade, ao meu futuro e ao meu coração ao jamais acreditar que chegaríamos a um adeus.

Te quis como jamais quis, te amo como nunca amei.

Errei por não saber encaminhar esse amor.

E agora aqui estou, envolto na bruma solitária de outro equívoco.

Serás mais um poema.

Já o és agora, retratando, como me dissestes, um ciclo.

Dessa vez mais sentido, mais forte, mais pegado, como foram nossas noites, nossos beijos,

nossas carícias.

Nunca te esquecerei.

Webmar
Enviado por Webmar em 01/10/2021
Código do texto: T7354440
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